domingo, 5 de agosto de 2007

Manifestação pela Escola em Guaianases


Manifestação pela Escola em Guaianases, upload feito originalmente por danifrancobr.

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Flickr

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segunda-feira, 2 de julho de 2007

As Atividades Econômicas


A extração de granito das pedreiras do Lajeado foi outra atividade extrativista bastante significativa para o desenvolvimento econômico da região. Localizadas a 2km da estação ferroviária, grande parte das pedras empregadas nos calçamentos e outras obras da capital paulista, assim como os tijolos e telhas, eram transportados via ferrovia para abastecer o mercado de construção civil em São Paulo.

Desta forma, a extração mineral praticava nas pedreiras da região, juntamente com o corte de lenha e madeira que também abasteceram as primeiras indústrias do século XX, eram as principais atividades econômicas do povoado, que através da ferrovia, cooperavam para o crescimento urbano paulistano.





A Praça do Trabalhador








No extremo leste de uma das maiores cidades do Mundo, Guaianases é um bairro de trabalhadores isso evidencia-se na própria paisagem paulistana.












Segundo o Sindicato dos Camelôs Independentes de São Paulo, mais de 50% da classe trabalhadora brasileira está na informalidade.
















Os movimentos sociais são criminalizados no Brasil....

A Expansão de Guaianases e o Surgimento dos Conjuntos Habitacionais



História de Guaianases: anos oitenta e anos noventa
Em fins da década de setenta e início da década de oitenta, Guaianases é um bairro que já tem o tamanho de uma cidade. Entretanto, como visto além de Guaianases padecer de inúmeros problemas de infra-estrutura, ainda possui um comércio insipiente e um grande déficit de moradia que não atende as novas necessidades geradas por esse impressionante crescimento populacional.
A partir dessa paisagem de grande exclusão social que vai gerar em Guaianases um grande número de ocupações de áreas livres residuais da malha urbana pelos migrantes que chegavam sem nenhuma condição financeira, erguendo suas casas em áreas sujeitas a enchentes, insalubres e de alto risco para o estabelecimento de moradias.
Outra especificidade da região de Guaianases, além da já mencionada precariedade urbana, é a grande quantidade de comércio informal presente nas principais ruas do bairro. Instalados nas estreitas e irregulares ruas da região, disputando espaço com veículos e pedestres, os “vendedores ambulantes” garantem não somente o sustento de suas famílias, mas principalmente cooperam para a diminuição do custo de reprodução da força de trabalho dos moradores, através da venda de produtos de consumo abaixo do preço de mercado acessíveis aos baixíssimos salários.
Atualmente, Guaianases apresenta uma população de aproximadamente 256.000 habitantes, dividido em dois distritos – Lajeado e Guaianases - e pertencentes à Subprefeitura de Guaianases. A área total de seu território é de 17,80 Km² (8,60 km² pertencem ao distrito de Guaianases e 9,60 Km² ao distrito de Lajeado), o que resulta numa densidade demográfica de 14.399,9 habitantes por km², com taxa de crescimento de 3,13 %

O Boom de Guaianases..........


Guaianases: O bairro que tem o tamanho de uma cidade.

Já na segunda metade dos anos de 1950, assiste-se no Brasil e, particularmente em São Paulo, a consolidação do parque industrial brasileiro. Essa intensa industrialização, que se aprofunda com o Golpe Militar de 1964, exigirá cada vez mais um número maior de trabalhadores que, advindos de outras regiões do país, tem de encontrar agora algum lugar para morar na grande capital.

Entretanto, ao chegar à cidade esses trabalhadores, impedidos de morar na região central devido à crescente especulação imobiliária e aos baixos salários que não incorporam a possibilidade de compra da casa própria (salário mínimo), são obrigados a se deslocar para bairros distantes do centro onde os terrenos ainda são acessíveis a sua possibilidade econômica. Assim, geralmente sós, com filhos ou a mulher, os trabalhadores mesmos levantam para si, nos finais de semana, feriados, ou férias, seu abrigo.

O bairro de Guaianases não estará isento desse processo, tanto é assim que já em 1963 observa-se uma intensa migração populacional para o distrito.

Nos anos 60, já sob a ditadura militar, houve a substituição da estabilidade no emprego pelo FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). Este Fundo passou, portanto, a financiar a construção dos Conjuntos Habitacionais, as COHAB’s, que tinham por fim diminuir o grande déficit de moradia da região, que havia se tornado insustentável.

Com isso, a partir da década de 70 acontece outra importante explosão demográfica impulsionada principalmente pela construção desses enormes conjuntos habitacionais populares – COHABS. Em 1975, ocorre a entrega dos primeiros apartamentos da COHAB Prestes Maia e em 1982, são entregues os apartamentos na COHAB Cidade Tiradentes, que ainda fazia parte do bairro Guaianases. Conjuntos habitacionais que foram construídos com fundo público dos próprios trabalhadores somavam um total de mais de 40.000 unidades habitacionais.

A Dinâmica das Transformações Urbanas da Megalópole Paulistana


O adensamento urbano e as transformações na paisagem

A partir de 1940, quando aumenta a influência econômica de São Paulo sobre todo o território brasileiro, inicia-se uma intensa corrente migratória em direção a capital paulista, para onde migrantes de todo o país seguiam em busca de emprego e melhores condições de vida. Chegando a São Paulo com pouca ou nenhuma condição financeira, grande parte desses migrantes, passaram a procurar essa região para construir suas moradias em regime de “autoconstrução”, erguidas em terrenos de baixo valor devido a distância do centro da cidade e da completa falta de infra-estrutura do bairro.

Desta forma, a ferrovia Central do Brasil, que era o principal eixo de ligação entre o centro da cidade e esta região, passa a ser cada vez mais utilizada pela população em constante crescimento. Por outro lado, como a expansão ferroviária não acompanhou tal crescimento, a região de Guaianases passou a apresentar graves problemas de acessibilidade, como se observa até os dias de hoje quando constantemente os trajetos ferroviários dessa linha são percorridos por vagões congestionados e superlotados.

Assim, para que Guaianases pudesse expandir para além das áreas de abrangência das linhas ferroviárias que contribuíram para o crescimento urbano, foram necessárias várias intervenções viárias que, juntamente com o surgimento de novos meios de transportes, vão opor-se a qualquer obstáculo físico do relevo dessa região. Entre as inovações dos meios de circulação que surgiram neste período, é importante destacarmos a utilização do ônibus à gasolina para o transporte coletivo, que integrado às antigas linhas de trens, ajudou a intensificar o crescimento e adensamento do bairro. Por pressão da Sociedade dos Amigos de Guaianases, foi criada a linha Expresso Santa Rita Ltda que ligava Guaianases à Santo André, onde se concentrava a maior parte das indústrias.

Apesar das transformações urbanas deste período, o bairro era formado por um pequeno número de residências e um comércio modesto restringido quase à rua da estação, mantendo ainda como principais atividades econômicas a extração de granito e produção das olarias e pequenas chácaras de legumes e frutas.

Entre os anos 1940 e 1960, Guaianases foi um dos bairros de São Paulo com o maior crescimento demográfico, quando saltou de 2.942 habitantes em 1940 para 24.689 habitantes no final da década de 60, representando um crescimento populacional de 739% em 20 anos. Em 24 de dezembro de 1948, o bairro deixou de se chamar Lajeado e recebeu o nome oficial de Guaianases, em homenagem aos antigos habitantes do local (índios Guaianás).

Até a década de 50, quando os lampiões de querosene foram substituídos com a chegada da energia elétrica na região, Guaianases nunca teve mais que poucas centenas de moradores, embora já exista organização desses moradores em associações, quando surge a Sociedade dos Amigos de Guaianases em 1952. Entretanto, após o ano de 1960, quando se intensifica a migração, o bairro passou a apresentar diversos problemas de infra-estrutura que reproduziram as condições socioeconômicas de sua formação.